Revisão de financiamentos: entenda como funciona e se vale a pena
Sabe quando você faz um financiamento para comprar um carro, uma casa, vai pagando, pagando e não termina nunca?
De repente você percebe que está pagando juros abusivos, a parcela está muito alta, o valor final quase não está diminuindo.
Não existe quantidade mínima de prestações para entrar com a ação revisional, se por acaso você não estiver em dia com as parcelas, apesar de incidir juros de mora, você pode sim entrar com ação revisional para reduzir o valor da parcela e o valor total da dívida.
E meu nome fica negativado? Existe uma alternativa para não negativar, mas precisa depositar em juízo, tem muita gente que acha que não vale a pena depositar em juízo e consegue viver tranquilamente com nome negativado, afinal se já chegou nesse ponto… e ainda tem a ação judicial para justificar que seu nome não foi negativado exatamente porque você não pagou, e sim porque o banco está abusando de você que é um consumidor bancário.
Os bancos abusam da taxa de juros porque ultrapassam a média de mercado. E quando sabemos que estão nos cobrando além da média de mercado? A taxa de juros média de mercado está no site do banco central, basta entrar no site.
Existem tantas irregularidades contratuais em prejuízo, como taxas de administração de contrato, taxa de abertura de crédito, juros sobre juros, quando a correção monetária não está corretamente aplicada, e principalmente quando as contas do banco não são de fácil verificação.
As vezes achamos que estamos devendo para o banco, mas a prática o resultado é bem diferente, já que a maioria de nossos casos resultam numa economia média de 80% do valor que o banco tenta cobrar do consumidor empresa ou pessoa física. Isso significa que se no meio de um processo de revisão bancária de financiamento, e ao final consegue eliminar uma parcela financeira tão grande, uma simples conta matemática comprovará que na verdade o banco estava te cobrando à mais.
A ação revisional é um caminho seguro para conseguir resolver seus problemas e reduzir suas dívidas bancárias.
Os encargos abusivos cobrados sem autorização do consumidor e sem contrato negociado demonstram ao poder judiciário os erros que irão anular parte expressiva da dívida.
A lei do consumidor protege aquele que toma o empréstimo e obriga o banco a apresentar todos os documentos de prova, pois se não apresentar será condenado, a lei inverte a obrigação de provar.
Estatísticas de abrangência nacional informam que no último ano apenas 01 dos cinco grandes bancos arrecadou 10.000.000 de contratos de financiamento, e, somente 1% destes contratos foram questionados judicialmente, isso significa que mesmo que o Banco assuma o fracasso nessa disputa judicial, ainda terá 99% de contratos altamente lucrativos.
Isso significa que além de ser um caminho seguro para almejar uma redução expressiva do saldo devedor, o consumidor pode ficar tranquilo.
*Gilberto de Jesus da Rocha Bento Júnior é advogado e contabilista expert em advocacia empresarial, pós graduado em direito tributário, direito empresarial, direito processual, empreendedorismo e tribunal do júri, cursou doutorado em direito constitucional. Empático e experiente, acredita que para obter sucesso o conhecimento e cultura são fundamentais, por isso, fez mais de 300 cursos livres de assuntos diversos como marketing, departamento pessoal, negociação, matemática financeira, tributos diretos, tributos indiretos, substituição tributária, gestão de pessoas e muitos outros para conhecer pessoas diferentes e compreender a realidade das empresas, também, vivenciou experiências de aprendizados em vários países como Inglaterra, África do Sul, Espanha, Argentina, Tailândia.